quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Espaços e reticências


Espaços e reticências,
Canções pela tarde,
É como sentir um vazio
Sem mudar os traços da face,
Nada chega perto do coração,
Um pouco insone,
O tempo e de morte,
Doença crónica que me consome,
Postais sem nome,
Textos sem sentido.
Agora só resta seguir em frente
Longínquo passado   quebrado no meio,
Gotas de perfume na roupa suja,
Sapatos limpos, sorrisos amarelos.
Procura-se um corpo em qualquer temperatura,
Um canto de boca alheia para se guardar um segredo inventado,
Ou talvez não...
Mãos que se tenta brandir,
Quando o sufoco do desejo e muito apertado.
Mas…Mas com o sofrimento…
Alguma emoção inesperada, é bem vinda
Um certo verso original ou reformulado,
Para matar o silêncio, a saudade a angustia…
Para desenferrujar o coração e os dentes.
Sangue novo,
Distracção momentânea,
Quartos nunca antes frequentados,
Um sorriso desgraçadamente belo,
Daqueles que submergem a harmonia com o rosto
Perturbam o sopor dos desavisados.
Sem nada conseguir mudar…